terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Bay bay 2014... Bem-Vindo 2015!

Amores de My Life,
Pensem numa blogueira envergonhada... É essa que vos escreve neste momento... Ai gente, sei que prometo, prometo (pra vcs não, mas pra mim mesma o tempo todo...) vir aqui com mais frequência e nunca consigo cumprir... Mas se vocês conhecessem meu Davi pessoalmente, aí vcs iam me entender... É sem dúvida a criança mais ativa que já vi... Energia que nunca se esgota... E eu ando tão cansada...
Tá, mas chega de blá blá blá (ninguém merece uma mãe se lamentando em pleno ano novooooo)... São quase 2 da manhã do último domingo do ano e eu só vim aqui desejar um lindo ano novo para todas vocês, pessoas mais que especiais em minha vida! Talvez vocês não saibam o quanto são importantes pra mim, mas preciso que saibam e seria muita ingratidão da minha parte terminar este ano sem dizer o mínimo, que é:
MUITO OBRIGADA, DE TODO CORAÇÃO, OBRIGADA!!!
Que 2015 seja um ano abençoado, um ano de alegria, um ano cheio de travessuras dos pequenos! Um ano de muitas gargalhadas, com menos cobranças e mais VIDA!!!!
Se vc quer engravidar, que este seja o seu ano, e se vc já tem seu pequeno (a), que vc tenha ainda mais paciência e consiga curtir cada segundo dessa vida materna... Que consiga viver intensamente esta fase tão única de sua vida....
Pra finalizar este que, muito provavelmente, deve ser o menor post já escrito por mim em todos os tempos... hahahaaaa... Vou compartilhar uma decisão minha com vocês:
Sabem, desde que me conheço por gente, ao finalizar um ano eu sempre faço uma retrospectiva do ano que passou e traço novas metas para o próximo ano e estas são divididas por categorias: Pessoal e Familiar, Profissional e Material... E, não contente, coloco tudo no papel e o deixo sempre à vista...
Final 2014 não está sendo diferente e nos últimos dias tenho feito uma retrospectiva do ano que está terminando e o que posso dizer é que estou terminando o ano extremamente grata a Deus, grata por tudo que me aconteceu neste ano, foi um ano muito transformador em minha vida, digo, em nossas vidas (minha, do marido e do Davi)... Um ano de mudanças, literalmente... De transição mesmo... Posso dizer que fomos de 0 a 100 em 6 meses em vários aspectos de nossas vidas (depois vou fazer um post mais detalhado, prometo).
Só tenho a agradecer a Deus, até pelos perrengues , por tudo mesmo. Se eu puder pedir alguma coisa ainda, só peço saúde pra mim e pra todos que eu amo, especialmente meu filho.

E quanto às metas para 2015? NENHUMA.
Sim, isso mesmo, a minha maior meta é NÃO TRAÇAS METAS para o próximo ano, não planejar nada, não colocar NADA no papel, não estipular prazos para nada, não tentar controlar nada e nem ninguém... Um dos maiores desafios da minha vida certamente é este... Planejar menos e viver mais!
Menos rugas na testa e mais sorrisos nos lábios!!!
E que venha 2015!!!! Feliz ano novo, pessoal!!!
Para finalizar, umas fotinhos bem recentes da minha família, o bem mais precioso da minha vida!!!

Do natal


De um casamento, no mês passado

E do meu príncipe, para vocês verem como este pedacinho de gente está a coisa mais linda deste mundo, do alto de seus 16 meses e 20 dias!!! hahahaaaa...








quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

"Vou contar pro seu pai..."

Oi pessoas,

Assunto delicado hoje: Criação dos filhos.

Outro dia estava numa sala de espera de um consultório qdo presenciei uma cena que me incomodou muito, na verdade me "cortou o coração" e me fez refletir sobre o assunto... Tanto que cá estou para dividir estas reflexões com vocês:

Uma criança de mais ou menos 3 aninhos fazendo "arte" (que a meu ver nada mais era que uma criança ativa, curiosa e ávida por descobertas... normal para a idade). A mãe dava bronca, pedia pra parar, até gritava e nada da criança obedecer... Até que ela disse a tal frase: "Deixa chegar em casa que vou contar para o seu pai e vc vai ver". Quem já ouviu esta "típica" frase?
 
A reação da criança foi a mais triste que pude presenciar... Ela parou imediatamente, não somente parou como pediu apavorada: "Não mamãe, por favor, não mamãe"...

Fiquei pensando e imaginando o que este pai poderia fazer ou, pior, o que já tinha feito ou lhe era habitual fazer para que a criança ficasse tão apavorada assim só pela simples menção da mãe de contar um "mal comportamento" pro pai... Que tristeza eu senti!
 
Só um parêntese antes de prosseguir: (há um tempinho escrevi sobre a "lei da palmada", se quiser leia aqui e vc entenderá o porque da minha tristeza). 

Depois fiquei pensando em como esta frase evidencia a dificuldade da mãe em lidar com algum comportamento inadequado do filho. 
 
Lembro que a tal mãe ainda olhou para mim e para as outras que ali estavam e fez o seguinte comentário: "Ele só respeita o pai"... Pena foi o que eu senti daquela mãe...

Como assim a criança só respeita e/ou obedece ao pai? Alguma coisa está MUITO errada aí... E ao que me pareceu a criança não "respeita" o pai, ela tem "medo" mesmo, talvez "pavor" do pai... E isso está mais errado ainda!

Senti vontade dizer isso pra aquela pobre mãe... Mas me contive, não acho que ela entenderia este meu ato tão intrometido e, muito provavelmente, uma estranha não seria a melhor pessoa pra fazê-la entender ou refletir sobre este comportamento...
 
Acredito que a criança tem que respeitar ambos, o pai e a mãe e, nunca, jamais, sentir medo deles.
 
Quando a mãe diz ao filho que vai contar ao pai o que ele está fazendo de errado, ela também está dizendo que o pai deve ser alguém a quem o filho deve temer. Fazendo isso, a mãe contribuirá para que a relação entre pai e filho seja pautada no medo, e não no amor.  Acho que a criança  pode fazer a seguinte associação: “fazer o errado – pai – punição – medo – vigilância”... Triste, né?
 
Fico indignada qdo ouço este tipo de frase: "Você vai ver quando seu pai chegar" ou "vou contar pro seu pai" ou ainda "vou chamar seu pai"... Como assim, gente? Cadê a autoridade da mãe??!!!
 
Ao dizer isso, a mãe transfere sua responsabilidade de educar para o pai e está, por outras vias, evidenciando sua inabilidade em lidar com as travessuras de seu filho. Está dizendo a ele que somente o pai possui essas habilidades, e que, em certa medida, a criança deve respeitar somente o pai. Pra mim uma das mensagens embutidas no uso desta frase é: “A única pessoa que possui autoridade aqui é seu pai, e não eu. É nele que você deve confiar e temer, pois ele sabe resolver as questões difíceis de lidar. Não deposite em mim a confiança para resolver problemas difíceis, pois eu sempre fugirei da responsabilidade”.
 
Desta forma é bem possível que a criança perca a credibilidade na mãe e passe a desobedecê-la com uma frequência mais alta... Ou seja, tudo errado!
 
De certo modo é possível que o uso desta frase pela mãe possa contribuir para a construção de uma visão futura sobre homens e mulheres.  Se a mãe diz algo do tipo: “Ó, vou contar para o seu pai quando ele chegar, hein!” além de transferir sua responsabilidade, ela está ensinando ao filho que só os homens conseguem resolver a questão. Que as mulheres não são capazes de lidar com situações difíceis de serem resolvidas e que, portanto, não devem receber credibilidade e confiança na hora de lidar com um problema. Isso pode até se desdobrar para relacionamentos futuros... Muito provavelmente esta criança na fase adulta entenderá que somente os homens dão conta de resolver problemas, que os homens são responsáveis e, pior, que os homens devem estabelecer suas relações com base no medo.

Talvez com estas mães que usam este tipo de frase tenham sido assim tb... Em geral na fase adulta temos propensão a reproduzir alguns comportamentos de nossos pais e muitas vezes inconscientemente... Temos que ficar alertas a isso e nos policiar.

Este post não é pra dizer como fazer... Quem sou eu pra isso? É apenas para expor meu ponto de vista e fazer com que esta reflexão se estenda por aí... Quem sabe vc é mãe e esteja cometendo este erro sem perceber... Pode ser tempo de rever alguma conduta sua que interfira diretamente na criação do pequeno....
 
Aqui em casa não somos nenhum exemplo de nada, como sabem  somos pais de primeira viagem e Davi tem apenas 1 aninho e 4 meses (quase), ou seja, bem pouca experiência... Muitas vezes erramos e percebemos nossos erros, outras vezes erramos e não nos damos conta, mas numa coisa sempre concordamos: Em não desautorizar um ao outro na frente do Davi e NUNCA, JAMAIS corrigir com agressão, nem uma palmadinha que seja... Não achamos certo corrigir um erro com outro erro, não queremos que o Davi aprenda que as coisas são resolvidas "no tapa"...
 
Acreditamos que a criança, acima de tudo, aprende por osmose, ou seja, ela ainda não é capaz de estudar para aprender alguma coisa, então ela absorve o conhecimento pelo contato com alguém, observa e reproduz...  E observa antes de tudo os pais e em especial a mãe que é com quem muitas vezes passa a maior parte do tempo.
 Por isso a importância de nos policiar mesmo... Sabe àquela história de nos tornar uma pessoa melhor depois da maternidade? Então, é disso que tô falando aqui...
 
Aqui em casa não existe isso, Davi tem que saber desde sempre que eu e o Dani somos os pais dele, somos igualmente responsáveis pela educação dele. Nós dois temos obrigações para com ele, nós dois temos que ser respeitados por ele da mesma forma, nós dois temos condições de decidir qualquer coisa por ele até que ele não seja capaz de fazê-lo.

Aqui em casa não existe e espero que nunca exista aquela coisa de: "pede pro seu pai" ou "pede pra sua mãe"... Sempre penso em como será que fica a cabecinha da criança nesta situação...

Pra mim pai e mãe devem estar sempre em sintonia com relação à criação do filho, um deve saber do posicionamento do outro e a resposta ao pedido do filho deve vir sem pestanejar e, se for o caso, um consulta o outro sim, claro, mas sem que o filho perceba... 
 
Não faça seu filho ir e vir atrás de uma resposta. Ele tem que sentir confiança em ambos... Só assim ele também se tornará um adulto seguro.
 
Lembrando que a criança sempre oferecerá aquilo que recebe. Aliás, todos nós. Então, muito amor, por favor. Com amor, tudo dá certo.
 
Ufa! Falei... Até teria mto mais a dizer, mas não acho que seja o caso de me estender tanto... Acho que já me fiz entender... Pra finalizar: MEDO DE APANHAR NÃO É EDUCAR.